Principais erros trabalhistas que custam caro às transportadoras

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Dr. Walter de Farias

Introdução

No setor de transportes, os processos trabalhistas representam uma das maiores ameaças financeiras para as empresas. Muitos gestores acreditam estar cumprindo corretamente a legislação, mas pequenos erros na contratação, no controle de jornada ou no pagamento de direitos podem resultar em ações judiciais custosas.

Entre os casos mais comuns estão motoristas que reivindicam vínculo empregatício, cobrança de horas extras não registradas e adicionais não pagos corretamente. Quando uma transportadora não se protege juridicamente, pode acabar enfrentando prejuízos significativos, além de sanções legais.

Mas como evitar que isso aconteça? Neste artigo, vamos abordar os principais erros que levam transportadoras a enfrentar processos trabalhistas e quais medidas podem ser adotadas para minimizar esses riscos.

Principais erros trabalhistas que custam caro às transportadoras

Muitas das ações trabalhistas contra transportadoras poderiam ser evitadas com medidas preventivas e um bom suporte jurídico. Entre os erros mais comuns que geram processos estão:

Contratação irregular de motoristas terceirizados
Muitas transportadoras trabalham com motoristas autônomos, mas nem sempre formalizam esse vínculo corretamente. Quando não há um contrato bem estruturado, o motorista pode entrar com uma ação alegando vínculo empregatício, o que pode resultar em indenizações altas.

Falta de controle de jornada
Mesmo motoristas autônomos precisam ter a jornada documentada de forma clara. Se não houver registros adequados, a transportadora pode ser acionada na Justiça por horas extras, o que pode gerar um passivo trabalhista enorme.

Não pagamento de adicionais corretamente
Os motoristas que transportam cargas perigosas ou trabalham em condições insalubres têm direito a adicionais de periculosidade e insalubridade. O não pagamento desses valores pode gerar ações judiciais e a necessidade de pagamento retroativo com juros e correção.

Falta de um contrato bem elaborado
Contratos genéricos ou mal formulados são um grande risco. Se não houver cláusulas claras sobre a relação de trabalho, obrigações de cada parte e condições de pagamento, a transportadora pode ter dificuldades em se defender caso haja uma reclamação trabalhista.

Como reduzir o risco de processos trabalhistas?

Embora os riscos trabalhistas sejam comuns no setor, algumas medidas podem reduzir significativamente a chance de enfrentar um processo. Veja as principais estratégias:

Formalizar corretamente os contratos de motoristas autônomos
Para evitar o reconhecimento de vínculo empregatício, é essencial ter um contrato bem elaborado, deixando claro que se trata de uma prestação de serviço e não uma relação de emprego. O contrato deve conter informações detalhadas sobre os serviços prestados, forma de pagamento e responsabilidades de cada parte.

Registrar corretamente a jornada de trabalho
Ter um sistema de controle de jornada é fundamental para evitar ações por horas extras. Isso pode ser feito por meio de rastreamento de veículos, aplicativos de registro de ponto ou planilhas assinadas pelos motoristas.

Pagar corretamente adicionais de periculosidade e insalubridade
Caso o motorista esteja exposto a situações de risco, como o transporte de combustíveis ou produtos químicos, é obrigatório o pagamento do adicional de 30% sobre o salário. Da mesma forma, atividades que envolvam condições insalubres podem exigir adicionais de até 40%, dependendo do grau de risco.

Ter um advogado especialista revisando os documentos regularmente
A legislação trabalhista está sempre mudando, e um erro pode custar caro. Contar com um advogado especializado no setor de transportes garante que os contratos, folha de pagamento e registros estejam sempre dentro da lei, reduzindo riscos jurídicos.

Conclusão

Evitar processos trabalhistas exige prevenção e organização. Pequenos descuidos na contratação, no controle de jornada ou no pagamento de direitos podem gerar grandes prejuízos financeiros para sua transportadora.

Ter um suporte jurídico especializado e seguir boas práticas na gestão de motoristas autônomos e funcionários são as melhores formas de reduzir riscos e garantir a segurança do seu negócio.

Proteja sua transportadora contra processos trabalhistas! Conte com um advogado especializado para revisar contratos e evitar prejuízos.